Monday, July 16, 2007

Re(flexão)

"A verdadeira questão é: onde se começa a dançar? A partir de que momento se fala de dança? São coisas que se referem à consciência, à percepção do nosso próprio corpo... e à nossa maneira de agirmos sobre as coisas. Para isso não precisamos da forma estética tradicional. Pode ser tudo totalmente diferente e continuar a ser dança" (Pina Bausch).
'Desperdícios' da escuta do não dito, de quem se dedica ao sentir.

7 comments:

Anonymous said...

continuo a achar que me levam demasiado a serio.... mas enfim, depois de citações da pina (essa grande maluca) é melhor calar-me já aqui, mas ng me tira da cabeça que um mortalzinho poderia-se fazer...
:P

elis said...

Nem de propósito... corrigindo uma tese de mestrado dei com esta citação do filme Bill Elliot da qual me aproprio temporariamente, e que sobre a sensação de dançar trata (na versão original): "I don't know. I sort of feel good. (...) I like forget everything and sort of disappear (...) Like a feel a change in my whole body, like there's a fire in my body. I'm just there, flying like a bird, like electricity... yeah electricity"... uns com mortalzito outros com dançita, alguns com all mix together. Não há mesmo como ser open mind... new ways of thinking... get the point????
Põkhe téh levamx desmziado á shério??? (Tênsh umah mhaneirax exquesita dex faslar...)

Anonymous said...

(Não percebo nada disto (blogs) tenham paciência comigo...)

VARIAÇÕES SOBRE O MESMO TEMA
Jamie King - Coreógrafo
"Eu sei que a dança é um desporto. Há muito que digo isso." Afirmou."Os bailarinos treinam como os jogadores de futebol, os tenistas ou os atletas. É exaustivo."
Para Jamie, a dança não é apenas uma forma fenomenal de estar em forma, é também uma maneira saudável de expressão."Trata-se de ser saudável na primeira pessoa, expressar-SE, libertar-SE, encontrar-SE."
A Abelha da Contemporânea

MYTHOS said...

então e será possivel expressar-SE, libertar-SE, encontrar-SE num flic atras ou num salto de mãos ou num mortal, ou num rudy ou randy ou watever acrobatic element?

e se isso é possível, não será tb concebivel (para alguem que SE encontra nisso) ver a preparação física da dança (paragonável à dos atletas segundo o texto da abelha) como uma coisa positiva mas que para seu espanto, não é aproveitata para aquela liguagem que tanto lhe apraz?

não será então possível que esta hipotética pessoa, chegue à afirmação de que lhe parece um 'desperdício' de recursos o ter tudo para, e não o fazer... já lhe ouví chamar "morrer na praia"

mas reparem, eu afinal sou palhaço, portanto o prazer inteno da perfeiçõa do movimento, a glória de uma contenção explosíva mascarada e invisível nunca me apelou muito (apesar de compreender perfeitamente) por outro lado, o rebentamento explosívo, exagerado e vislumbrante do momento em que o TCHANÃ é o foco de todas as atenções, isso sim ja gosto :P

Anonymous said...

(Não sei se já te tinha dito, mas acho-te na verdade "exasperante" á falta de melhor termo de momento.)

É claro que é possível uma pessoa expressar-SE, libertar-SE, encontrar-SE num mortal, flic, ou whatever acrobatic element. That's not the point! Até há quem se liberte, expresse e encontre em coisas tão simples e banais como um sorriso. És "palhaço", devias saber isso. E que esforço fisico transcendental é que precisas fazer para fazeres alguém sorrir? Muito pouco pelo que me foi dado ver. E não o consideras um TCHANÃ quando o consegues?! Porque afinal também foste o foco das atenções nessa altura específica.

Assim, não sei porque é que consideras um "desperdício" de recursos ter tudo para e não o fazer, já pensaste que talvez não seja feito por opção? Porque não é a nossa maneira pessoal de (mais uma vez) nos expressarmos, libertarmos, encontrarmos? Se já lhe ouviste chamar "morrer na praia" eu já lhe ouvi chamar "arte". Mas também agora chamam arte a tudo...
Outra coisa que para ti também deve ser totalmente incompreensível tocando mesmo as raias da completa insanidade mental é sentires que o teu TCHANÃ pode estar num momento de total ausência de movimento...?

A única explicação que tenho para que falhes em sentir o que nós sentimos é nunca teres "dançado a sério".
No entanto quero que saibas que compreendo perfeitamente o teu ponto de vista, só lamento que o teu "rebentamento explosivo, exagerado e vislumbre do momento em que o TCHANÃ é o foco de todas as atenções" não seja traduzido em dança, porque de certeza que davas one hell of a dancer!

Yours sincerely Bee

bluewings said...

A dança começa quando a começas a sentir!!!! uiiiiiiii esta foi forte

Bjs a todos

elis said...

Mas pessoal... o ser expressivo, expressar não tem de querer dizer obrigatoriamente expressar-se (auto-expressão), libertar-se. Estamos a falar essencialmente de um faz de conta tipo "o poeta é um fingidor...". É a dimensão cognitiva do sentimento... esta foi bonita! (mas não é minha, claro!).
Mortal ou pirouette, salto de mãos ou grand jeté en tournant... é tudo questão de vertigem, de adrenalina, de quase transgressão.
Uns de cabeça para baixo, outros mais direititos... c'est la vie!!!!
Mas vou continuando a assistir a este espaço de debate, insinuação e...